Ralph J. Hofmann
Todos deverão estar lembrados da “ciência oficial” biogenética da União Soviética. Do fim da década de 20 até 1964 as teorias de Trofim Lysenko dominaram todos os projetos de melhoria das colheitas russas. Lysenko foi apoiado de Stalin até a remoção de Kruschev. Suas teorias baseavam-se em condicionar sementes para obter melhores resultados.
Pior, durante este quarto de século o ensino de biologia em todos os níveis baseava-se no lysenkoismo.
O resultado foi que a agricultura russa, e a chinesa também, deram largos passos para traz, enquanto no ocidente as aplicações da genética descoberta por Mendel geravam colheitas cada vez maiores.
No caso de Lysenko a política escolhia a ciência e tecnologia em que se devia confiar. Isto gerou fome e morte. Precisou uma decisão política para remover a influência de Lysenko e restabelecer o estudo da genética mendeleiana.
Os que conseguem exercer o poder sem que haja uma moderação, seja política por um congresso não-comprometido por mesadas, seja por um amplo fórum para cabeças pensantes cientifico - tecnológicas selecionam as tecnologias e conhecimentos que lhes convém no momento independentemente de entenderem ou não do assunto. Engavetam os laudos que não lhes apetecem.
Assim foi com a transposição do Rio São Francisco, assim foi com a Ferronorte de Sarney, e assim é com inúmeros dos projetos hoje rastejando no Brasil.
Mas nunca esperávamos ter notícia da seqüência de trapalhadas cometidas pelo governo de Barack Obama nos EEUU.
Soubemos recentemente do rio de dinheiro público que foi aplicado na Solyndra e outras quatro empresas de energia “verde “ nos Estados Unidos. Mais interessantemente constatamos que a própria assessoria técnica dos órgãos do governo americano envolvidos recomendara que este dinheiro não fosse liberado para essas empresas. Foi um tiro n’água de uns 680 milhões de dólares de dinheiro público para gerar talvez 100 empregos novos, e que resultou na falência dos beneficiados e desemprego de seus funcionários. Um desastre que fora previsto pelos técnicos.
Agora vemos o governo continuar na tecla de energia solar e eólica como um esforço concentrado, a receber mais recursos públicos em grandes volumes. Esta energia será gerada a um custo cinco vezes maior do que o “fracking” que é a obtenção de gás e óleo a partir de xisto profundo. Para cada 50 empregos permanentes gerados pelo complexo eólico e solar a mesma quantidade de energia gerada por “fracking” gera 5.000 empregos, ou seja dez vezes mais emprego para um quinto do custo. O governo da Nova Jersey fez um estudo e conclui que os empregos na área de energia do xisto geram salários de , na média, US$ 78 mil contra empregos de US$ 32 mil na área de energia limpa.
Por outro lado a importação de petróleo, e portanto a vulnerabilidade do país, tem se mantido estável com tendência a cair. No mundo inteiro os países estão implantando o processo que já atingiu uma maturidade a ponto de existir maneiras de evitar poluição ambiental.
Este último detalhe é vital numa economia que deseja se recuperar da derrocada iniciada com a crise de 2008.
Contudo o estabelecimento político de Obama, seguindo orientação do próprio presidente agora está buscando maneiras de onerar toda a pesquisa e exploração desta
forma de energia. Insiste nas palavras vazias em torno de fontes alternativas limpas, desprezando o fato de que o custo dessa energia, neste momento de seu desenvolvimento tecnológico, onera a produção nacional não só de energia, como de todos os produtos industriais que possam gerar uma recuperação econômica.
Isto ocorre apesar de as assessorias tecnológicas e econômicas mais uma vez alertarem para este fato.
Trata-se novamente da prepotência de um líder político que se sente ungido pelo cargo e não admite que o cargo não lhe proporcione conhecimentos por passe mágico.
Como diria certo batráquio glabro: “Olha aquele cara. Mestrado em sei lá o que. Correndo para buscar uma toalha para secar meu suor.”
Este desprezo leva a pessoa a achar que tudo pode, tudo sabe.
“Après nous le déluge”- Após nós o dilúvio”.
Bom não entendo de economia mas aqui tem uma aula. E pelo esposto é ruim para todos esta nova energia.Desemprego . Muito isteresante sobre as sementes tb. Gostei .
ResponderExcluirAcho super interesante o que fala sobre sementes , princiopalmente quando sita a China um pais agricultor que sempre cuida do solo e se deu mal, tb a Russia. Queria so saber se só isto não basta. Quanto a economia sobre a energia gostei , emboira leiga vi o estrago que ira fazer. Desemprego?
ResponderExcluirVai gerar muita insatisfação,doença e mais asaltos. O humano esta em primeiro lugar se não a um retrocesso não progresso deve haver uma forma de conciliar poluição e bem estar ao ser humano. Gostei do texto.