Levantamento feito pelo jornal O Globo aponta que cerca de 30% dos senadores abrigam funcionários fantasmas em seus escritórios em Brasília ou nos seus Estados de origem. De acordo com o jornal, pelo menos 25 dos 81 parlamentares da Casa empregam desde estudantes que moram fora do Brasil até médicos e advogados que passam o dia entre clínicas e tribunais. Na lista de irregularidades também figuram políticos que enfrentam denúncias do Ministério Público ou que tiveram seus mandatos cassados por compra de votos.
Um dos senadores citados é o presidente do DEM, Agripino Maia (RN), que, segundo o jornal, pagava mais de R$ 4 mil mensais em seu escritório político no Rio Grande do Norte para uma estudante de Medicina que, em vez de trabalhar para o senador em Natal, foi fazer, no ano passado, um estágio na Espanha. Na semana passada, ao ser procurado pelo jornal, Agripino decidiu demitir a funcionária, que é sobrinha do deputado João Maia (PR-RN) e do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, demitido durante o escândalo dos atos secretos. Outro senador que aparece no levantamento do jornal é o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), que emprega em seu escritório regional a fisioterapeuta Patrícia de Moraes Souza Muniz Falcão, que, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) do SUS, atua em duas clínicas - uma delas é o Instituto Graça Calheiros -, por 40 horas semanais.
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