O Ministério Público (MP) de São Paulo ofereceu, na última quarta-feira, uma denúncia à Justiça contra a "máfia da merenda escolar", pedindo que sejam condenadas 35 pessoas, entre elas sete empresários e 20 executivos de fornecimento de merenda, dois advogados e um funcionário público. Conforme o MP, o "esquema sofisticado do cartel contava com empresário líder, secretário, tesoureiro e pessoas responsáveis pela corrupção de funcionários públicos para fraudar concorrências públicas."
Segundo a denúncia, os empresários utilizavam códigos para contabilizar os pagamentos ilegais a funcionários públicos, inclusive de outros Estados, bem como de várias empresas fantasmas. O esquema tinha a participação de um escritório de advocacia, cuja função era blindar o patrimônio ilícito dos representantes da Geraldo J. Coan & Cia Ltda. Os promotores afirmaram que os advogados agiram na criação de empresas fantasmas e auxiliaram ainda na movimentação financeira dos valores em suas contas bancárias.
Se aceita a denúncia, os acusados responderão pelas práticas dos crimes de formação de cartel, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, quadrilha e lavagem de dinheiro. A acusação foi concluída depois de quase quatro anos de investigação criminal.
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