Ralph J. Hofmann
As pessoas a quem os governos PT concederam autoridade repetidamente têm dado provas de que sempre colocarão seu conforto e seus projetos pessoais acima da pátria.
Cada ministro, cada dirigente de agência se acha com poderes para fazer o que quer quando quer e como quer, sem precisar consultar a agência ou autoridade acima ou ao lado.
Lembram muito o grupelho que decidiu eliminar o cacau do Brasil. Numa ação, comparável, dentro das devidas proporções, de quem coloca bactérias num reservatório municipal de água espalharam vassoura-de-bruxa por todas as áreas de produção de cacau. A única comparação dos efeitos disto que posso fazer foi a destruição quase total dos vinhedos franceses pela philoxera o que levou 50 anos para ser sanado.
Ao entrarem em guerra com os produtores de cacau estes sabotadores não levaram em conta a contribuição que o cacau fazia para a economia nacional nem os efeitos sobre produtores relativamente pequenos de cacau. Não consideraram a cadeia industrial que se estava fortalecendo com o uso de cacau nacional nem o fato de que o Brasil passou a ser importador de cacau. Quase trinta anos depois as conseqüências ainda estão conosco pois os produtores ou quebraram ou migraram para outras atividades.
Mas as pessoas que causaram este desastre são tratadas discretamente como heróis. Receberam posições abonadas na atual estrutura política.
Entende-se que num período considerado (por estes terroristas agrícolas) de guerra cada qual fizesse o que lhe aprouvesse, conquanto na verdade estavam cometendo crimes conforme qualquer constituição do Brasil que já tenha existido e merecessem duras penas calculadas em função do mal causado a indivíduos tanto quanto à nação. Poderiam e deveriam ser condenados a fazer restituição aos que lesaram.
O que não se entende, e é inaceitável é o fato de que os trinta e tanto ministérios e outras tantas agências continuem a atuar como se grupelhos de terroristas independentes fossem.
Isto demonstra claramente o quanto o governo Lula foi e o governo Dilma é fraco quanto a trabalhar. Designado um ministro ou secretário de qualquer coisa ele faz o que quer com quem quer até que a grita contra os flagrantes abusos seja tão vociferante que precise ser substituído, normalmente por alguém que usará a oportunidade para fazer o que bem entende.
As lágrimas eventuais de Dilma ao despedir este ou aquele refletem exatamente isto. Ela ou se irrita e fica entristecida por remover um velho amigo ou por ser obrigada a abrir mão de sua conhecida irrascibilidade intempestiva,
Mas não se preocupa com o fato de não ter criado diretrizes claras para atingir objetivos precisos nem controles para verificar sua execução. Pateticamente quer centralizar isto também. Vai monitorar o SUS pessoalmente? Balelas. Isto se faz contratando gente honesta e monitorando-os para que permaneçam honestos.
Um caso em pauta é a campanha da ANVISA contra os produtores de tabaco do Rio Grande do Sul. Dilma em campanha visitou a região e fez promessas aos produtores. Com isto reverteu sua provável derrota, assim como a provável derrota de Tarso Genro na região. Agora a ANVISA autoritariamente/arbitrariamente está providenciando o funeral desta cultura no RS. São milhares de famílias em propriedades de algo maisou menos de 20 hectares que serão afetadas, bem como os muitos emregados contratados, além de toda uma estrutura econômica decorrente.
A ANVISA está sabotando exportações, arrecadação estadual, uma parte (enorme ) da arrecadação federal e descumprindo uma promessa de campanha de Dilma que talvez fosse a mais barata de todas, e ao contrário é a mais lucrativa para a nação em termos de arrecadação.
As indústrias do ramo certamente migrarão, como as da antiga Rodésia (agora Zimbabwe) migraram para o Brasil, e assim como as indústrias de sapato migraram para a China, Índia e Vietname.
Mas no Brasil, no Rio Grande do Sul ficará uma região devastada como se fosse um cacaual com vassoura de bruxa. E as promessas de compensação para introduzir outras culturas serão como todas as promessas. Se promessa deste governo valesse alguma coisa haveria filas de projetos para aproveitar a água da transposição do Rio São Francisco. Acho que estaremos bebendo água dessalinizada muito antes desta água correr pela catinga.
Pois e, um hobby de administrador da ANVISA, talvez um anti-tabagista convicto vai custar bilhões entre exportação e impostos ao país. Vai até faltar dinheiro para a corrupção, porque os impostos do cigarro são importantes.
Nem mesmo para defender sua parte do botim o governo do Brasil consegue ser eficaz.
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