quinta-feira, 26 de abril de 2012

Advogado de Perillo pede que PGR investigue o governador

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), protocolou na tarde desta quinta-feira uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo que seu cliente seja investigado pela denúncia de um suposto pagamento de propina que teria recebido do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Kakay disse que o pedido partiu do próprio Perillo, que não teme ser investigado e quer mostrar sua inocência no caso. "Estou fazendo isso a pedido de meu cliente, que quer ser investigado. A imagem dele está sendo deturpada e a investigação servirá para esclarecer tudo isso", justificou.

Segundo o advogado Marcelo Turbay Freiria, da equipe de defesa do governador, a solicitação para abrir um inquérito contra um cliente é pouco usual. "De fato, é um pedido inusitado. Ele (Perillo) resolveu tomar essa decisão depois que passou a ser foco dos vazamentos de informações, quando passou a ter seu nome mencionado em matérias jornalísticas relativas à operação (Monte Carlo, da Polícia Federal). Ele tem absoluta convicção de sua inocência, está tranquilo, sereno. Por isso, entendeu por bem requerer a instalação desse inquérito para esclarecer e provar que as denúncias são infundadas", disse.

O advogado destacou ainda que os relatórios da Polícia Federal indicam que não há elementos para pedir a investigação de Marconi Perillo. "Os próprios relatórios policiais das operações concluíram pelo não envolvimento dele com os fatos", disse Turbay Freiria.

Após analisar o pedido do governadro, o procurador-geral Roberto Gurgel poderá arquivar a representação, pedir mais informações, ou ainda pedir a abertura de inquérito contra o governador ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já ele ocupa o cargo de governador e tem foro privilegiado.

O nome de Perillo é citado nas gravações da Polícia Federal (PF) que integram material da Operação Monte Carlo. A operação resultou na prisão de Cachoeira no fim de fevereiro. No início deste mês, Eliane Gonçalves Pinheiro, chefe de gabinete do governador, foi exonerada após a divulgação de gravações que indicam que ela recebeu informações de Cachoeira sobre operações policiais sigilosas.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a campanha de Perillo recebeu recursos de empresas de fachada que serviam para redirecionar para políticos e laranjas recursos da Delta, empresa de construção com a qual suspeita-se que Cachoeira tivesse ligação. O inquérito da PF na Operação Monte Carlo indica, de acordo com a reportagem, que intermediários de Cachoeira entregaram dinheiro ao governador, no Palácio das Esmeraldas, sede do Poder Executivo local.

Um comentário:

  1. Essa história vai dar o que falar, Marconi vai ter que pagar pelo seus atos! Tenha uma linda tarde!

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