Kakay disse que o pedido partiu do próprio Perillo, que não teme ser investigado e quer mostrar sua inocência no caso. "Estou fazendo isso a pedido de meu cliente, que quer ser investigado. A imagem dele está sendo deturpada e a investigação servirá para esclarecer tudo isso", justificou.
Segundo o advogado Marcelo Turbay Freiria, da equipe de defesa do governador, a solicitação para abrir um inquérito contra um cliente é pouco usual. "De fato, é um pedido inusitado. Ele (Perillo) resolveu tomar essa decisão depois que passou a ser foco dos vazamentos de informações, quando passou a ter seu nome mencionado em matérias jornalísticas relativas à operação (Monte Carlo, da Polícia Federal). Ele tem absoluta convicção de sua inocência, está tranquilo, sereno. Por isso, entendeu por bem requerer a instalação desse inquérito para esclarecer e provar que as denúncias são infundadas", disse.
O advogado destacou ainda que os relatórios da Polícia Federal indicam que não há elementos para pedir a investigação de Marconi Perillo. "Os próprios relatórios policiais das operações concluíram pelo não envolvimento dele com os fatos", disse Turbay Freiria.
Após analisar o pedido do governadro, o procurador-geral Roberto Gurgel poderá arquivar a representação, pedir mais informações, ou ainda pedir a abertura de inquérito contra o governador ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já ele ocupa o cargo de governador e tem foro privilegiado.
O nome de Perillo é citado nas gravações da Polícia Federal (PF) que integram material da Operação Monte Carlo. A operação resultou na prisão de Cachoeira no fim de fevereiro. No início deste mês, Eliane Gonçalves Pinheiro, chefe de gabinete do governador, foi exonerada após a divulgação de gravações que indicam que ela recebeu informações de Cachoeira sobre operações policiais sigilosas.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a campanha de Perillo recebeu recursos de empresas de fachada que serviam para redirecionar para políticos e laranjas recursos da Delta, empresa de construção com a qual suspeita-se que Cachoeira tivesse ligação. O inquérito da PF na Operação Monte Carlo indica, de acordo com a reportagem, que intermediários de Cachoeira entregaram dinheiro ao governador, no Palácio das Esmeraldas, sede do Poder Executivo local.
Essa história vai dar o que falar, Marconi vai ter que pagar pelo seus atos! Tenha uma linda tarde!
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