Ralph J. Hofmann
Definido o candidato do Partido Republicano nos Estados Unidos agora a máquina do partido e as diferentes facções que se opõem ao Reinado de Obama "the first" passam a agir de uma forma mais coerente.
Romney agora passa a ser avaliado pelo que alega que fará. Passa também a ser ouvido quando discute assuntos de natureza econômica e o custo pesado de um setor público inflado.
Foi aparentemente ajudado pelo fato de que o administrador nomeado do GSA o órgão que trata de evitar o desperdício nas contas públicas gastou mais de 800 mil dólares para fazer um encontro em Las Vegas com régias distribuições de medalhões, brincadeiras e shows. O administrador naturalmente é quadro do partido no poder.
Obama, que era uma incógnita na campanha que o elegeu, hoje deu amplos sinais do que para um professor de direito constitucional tem um profundo desconhecimento/desprezo aos limites constitucionais que limitem o que deseja fazer. Quando estas limitações lhe são apontadas as ignora como se fossem picuinhas.
Desde sua eleição deu sinais de não entender em que país está. Pensava que pelo fato de ser presidente qualquer tentativa de derrotar seus planos no legislativo seria um ato de traição ao país.
Na semana passada agiu como se o fato de juízes da Suprema Corte possivelmente derrotarem o Obamacare por este impor ao consumidor a obrigatoriedade de comprar seguros, mesmo que esta não seja sua opção, seria ilegal por ferir a constituição.
Uma publicitária de sua campanha atacou a esposa de Mit Romney por ter sido do lar durante todos estes anos. A senhora Romney criou cinco filhos com sua atenção pessoal. Inclusive sempre foi presença discreta nas campanhas do marido configurando a figura da dona de casa e mãe num mundo em que primeiras damas passaram a ser figurinhas difíceis. Por isto a porta-voz da campanha Obama a considera traidora das mulheres.
Aparentemente muitas das mulheres que ouviram essas acusações concluíram que é melhor poder cuidar dos filhos do que estar ausente por emprego ou por freqüentar comissões de projetos beneficentes todo o tempo. Não é uma coisa que qualquer família possa fazer, mas seria desejável que ambos pai e mãe não tivessem de trabalhar para garantir certo nível de vida nem se pode crer que uma mulher que cuide de sua casa não trabalhe. Quem pode seria hipócrita em não aproveitar a boa fortuna. Há sinais de que isto já enfraqueceu a posição de Obama frente às mulheres, até mesmo das militantes do Partido Democrata.
Abaixo alguns dados estatísticos da campanha que se descortina. Normalmente um presidente em exercício tem todas as vantagens numa campanha. Desta vez parece
possível que entre sua petulância e o “apoio” de extremistas como Farrakhan e o pessoal de grupos como “Invadam Wall Street” a campanha seja bem mais equilibrada.
A vantagem do presidente norte-americano, o democrata Barack Obama, sobre o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, caiu de 11 para quatro pontos percentuais, de acordo com pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta segunda-feira.
Obama tem o apoio de 47% dos eleitores, comparado com 43%. Em março, Obama tinha 52% e Romney, 41%. A pesquisa foi feita entre 12 e 15 de abril, dois dias após a renúncia do ex-senador Rick Santorum à disputa presidencial, abrindo caminho para a indicação de Romney como candidato republicano.
Após a renúncia de Santorum, Romney é virtualmente o candidato do partido, já que os dois outros concorrentes, Newt Gingrich e Ron Paul, possuem juntos um terço do número de delegados obtido por Romney em todo o processo de eleições primárias.
No que poderia ser um sinal de problema para Obama, 53% dos eleitores disseram que emprego e economia eram os temas mais importantes na eleição presidencial, e Romney teve uma avaliação ligeiramente melhor nessas questões.
O republicano é visto como a melhor escolha para melhorar a economia e o emprego para 45% dos eleitores, enquanto que 43% favoreceram Obama nesses temas.
CNN
A emissora de televisão CNN também divulgou pesquisa sobre a corrida presidencial nos Estados Unidos nesta segunda-feira. No estudo, Obama seria reeleito com nove pontos de vantagem em relação a Romney.
De acordo com o levantamento, 52% dos eleitores americanos consultados votaria em Obama, enquanto 43% optariam por Romney. A pesquisa foi feita entre a última sexta (13) e domingo (15).
A maior vantagem de Obama para Romney acontece entre as mulheres, chegando a 16 pontos. O democrata também é visto como o que pode defender mais o que acredita (39% contra 29%) e tem vantagens maiores que 10 pontos em quesitos como honestidade, confiança e liderança.
No entanto, o republicano é visto como o mais capaz de tirar os Estados Unidos da crise financeira, iniciada em 2008. Sobre a corrida pela candidatura republicana, o levantamento aponta o ex-governador como a escolha republicana, com 57%, ante 19% de Gingrich e 18% de Paul.
A CNN ouviu 1.015 americanos, incluindo 910 registrados para votar, em entrevistas por telefone. A margem de erro é de três pontos percentuais
Nenhum comentário:
Postar um comentário