Ralph J. Hofmann
Ontem saiu meu artigo tecendo considerações sobre como os empregos seguiram a mão de obra barata e o custo operacional mais barato, haja visto legislações sobre emissão de carbono que tornavam o custo de operar proibitivo nos países industrializados.
Coincidentemente ontem recebi o link:
de uma entrevista de Jô Soares com um climatologista professor da USP. Este segue a linha pouco popular, mas que eu tenho defendido de que a ciência em torno do aquecimento global não é sólida, assim como as histórias do buraco de ozônio vinculadas aos gases refrigerantes ((CFC).
A cada pergunta de Jô o cientista responde em tom de galhofa, mas dentro do que temos lido nos escritos de cientistas sérios que estão marginalizados.
Apenas uma coisa me chamou a atenção. Perguntado sobre quem estaria lucrando com o catastrofismo do efeito estufa o entrevistado respondeu com a típica reação que os americanos chamam de “knee-jerk” , que se refere ao pontapé por reflexo que ocorre quando o medico dá aquele golpe com o martelinho de borracha no nervo logo abaixo do joelho quando uma perna está cruzada sobre a outra.
Imediatamente chamou a atenção para o fato de que “descobriram” que o CFC fazia mal à camada de ozônio quando completavam 25 anos da patente (creio que da DuPont de Nemours), ou seja se tornaria de domínio público. Após iniciarem-se os rumores do “furo da camada de Ozônio” a titular do produto apareceu com um novo produto patenteado, muito mais caro, e que exigiu a troca de todos os equipamentos para seu aproveitamento. Então isto teria beneficiado a produtora de gás refrigerante e os produtores de geladeiras e assemelhados.
Ora, ele estendeu isto para empresas no primeiro mundo de uma maneira geral. Os velhos industriais capitalistas seriam que estariam fomentando o catastrofismo para vender mais produtos novos.
Isto é estranho. Uma geladeira hoje é projetada para uma vida útil de no máximo 15 anos. A média é trocar de geladeira a cada sete anos. Outros equipamentos são mais efêmeros ainda. Se proibirem os novos gases refrigerantes hoje o mercado ainda terá de atender aos atuais equipamentos por mais 15 anos. De fato, mais de 30 anos depois da proibição do CFC ainda há estoques para atenderem geladeiras de até 40 anos de uso.
Isto se refere apenas ao aspecto do catastrofismo ligado ao lucro. Culpa de bancos e indústrias?
Porém quem realmente disseminou as teorias de efeito estufa? Nem os banqueiros nem os industrialistas. Foram os “liberais” as “esquerdas” americanas e européias que acusaram os bancos e indústrias de destruir a terra com suas fábricas, usinas e desmatamento.
Al Gore recebeu um prêmio Nobel por um filme sobre o meio ambiente que basicamente não contém ciência. Apenas opiniões não comprovadas lastreadas em estatísticas selecionadas. Al Gore é um pilar do liberalismo americano. É um inimigo dos industriais empreendedores.
Interessantemente o professor entrevistado por Jô Soares imediatamente acusa o capital. É automático e instintivo. A existência no meio acadêmico, literário e artístico parece levar uma obrigação de culpar os empreendedores e realizadores por tudo. Mesmo por campanhas errôneas desenvolvidas há décadas pela esquerda conservadora.
Se algo está errado tem de ser culpa do capital. Não das esquerdas que fizeram carreira às custas do dinheiro público para conferências sobre o meio ambiente.
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