UMA CONTRIBUIÇÃO
Ralph J. Hofmann
Tenho sido acusado de não cooperar com os governantes do Brasil no período de 2003 até o presente momento. Dizem que sempre me dedico a demonizá-los e ridicularizá-los.
Isto com o passar do tempo me deixou bastante agastado. Euzinho? Não colaborar com o governo? Logo eu?
Bem, examinando minha consciência decidi dar a mão à palmatória. Sou como aquele sujeito que foi ao psicólogo e este decidiu fazer um teste de associação de palavras. Mandou-o responder em um segundo com a primeira palavra que viesse à mente uma série de palavras e termos que o psicólogo diria.
O diálogo foi mais ou menos assim (seguem pergunta e resposta): luar-sexo; mar-sexo; chave- sexo; manteiga-sexo; sabonete-sexo; equacionar-sexo.
Finalmente o psicólogo explodiu: “Mas o senhor só pensa em sexo?!”
O cliente então disse: “Na verdade não mas é o senhor só fica dizendo todas essas coisas que evocam sexo e sacanagem”.
Pois eu estou igual ao cliente do psicólogo. Tudo que o atual governo faz ou diz apenas evoca em mim palavras como roubo, estupro e sacanagem,
Mas quero contribuir com os nossos líderes por uma vez. Contar ao governo de um lace que talvez não tenha lhes ocorrido. Dar ao receituário de atividades do governo uma fórmula que talvez não tenha lhes ocorrido.
Sabemos que o pessoal do governo anda preocupado com a auditoria dos cartões corporativos. Não dá mais para usá-los com tanta desenvoltura.
Pois veja como Humphrey Mmemezi, Membro do Comitê Executivo (Secretário) da Província de Gauteng ( Johannesburgo – África do Sul) para Governo Local e Habitação resolveu esta questão.
mec Mmemezi
Humphrey Mmemezi
Pagou com o cartão corporativo uma conta de R (rand) 10 mil / R$2.485 em hamburgueres num McDonald’s local.
Isto corresponde a 256 Big Macs com uma porção grande de fritas e um refrigerante, ou seja R38.95 / R$ 9,68 cada porção.
A quantia passou para a conta bancária do Mc Donald’s de onde foi transferida para uma galeria de arte que entregou uma pintura ao ministro.
O domo da galeria de arte diz não saber de nada. Diz que apenas se preocupou em ser pago. Acha que talvez fosse uma obra para decorar o escritório do político.
Pensando bem, acho que o pessoal do governo não vai me agradecer pela sugestão. Depois de escrever esta crônica o pessoal da imprensa nanica vai pedir aos empregados do Mcdonalds que fiquem de olho neste tipo de coisa. Sacumé? Sempre tem aquele office-boy que gosta de redes sociais e pode contar tudo.
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