quarta-feira, 11 de julho de 2012

COMO DIZIA ABRAHAM LINCOLN

Ralph J. Hofmann

“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo..."

“Honest Abe” Abe o honesto foi o apelido do autor das palavras acima. Conseguiu ser um político bem sucedido, manobrando entre as intricácias da política da sua época e ainda assim, quando seu principal biógrafo, Carl Sandburg colocou sua vida sob uma lupa não encontrou nada de importância contra ele ao contrário confirmou algumas coisas que pareciam lenda.

Mas voltando à frase sobre enganar todos o tempo todo. No Brasil esta regra até agora parecia não funcionar. Se você aspirava respeito nas letras nas artes, no meio acadêmico ou na vida estudantil não poderia jamais professar críticas quanto ao regime baseado no PT. Isto ao arrepio das evidências em contrário. E pior as estatísticas de aprovação indicavam para acertos do governo.

Pior, as estatísticas continuam mostrando isto. Em termos de simpatia e popularidade Dilma Roussef assusta. É uma pessoa totalmente sem empatia, fatalmente foi conivente com nove anos de esbórnia financiada pela coisa pública, esboçou apenas leve irritação contra o líder iraniano, apedrejador de mulheres e enforcador de jornalistas ou de pessoas sejam consideradas apostatas convertidos do islame a alguma outra religião.

Podemos achar que há algo de novo no ar com as medidas de Graça Foster para recuperar a Petrobrás. Positivo em relação às atitudes da Graça Foster. Mas a própria Dilma controla continuamente o setor de minas e energia há dez anos primeiro como ministra depois na Casa Civil porque nunca abriu mão desse feudo e finalmente como presidente.

Porém as estatísticas lhe dão 70% de aprovação.

Mas algo está no ar. Os professores que sempre foram um bastião do populismo e do “popululismo” de repente fazem protestos contra Dilma? Quando aos estudantes liderados pela juventude socialista e pela UNE protestam não dou o menor valor porque parece evidente que estão chocados ante a necessidade de prestar contas do pão-de-ló e cachaça que têm recebido do governo, mas os professores nunca protestaram contra nada pois seus líderes sindicais faziam parte do problema isto é, da estrutura do governo.

Parece que finalmente está se tornando difícil conter algumas verdades. Certamente nos próximos meses outras realidades desagradáveis aflorarão. Não é mais possível fingir que aqui estamos vacinados contra tsunami.

Os não-tão-inocentes úteis que se prestaram a louvar o regime subitamente se darão conta de que enquanto defendiam e reelegiam o governo contra o acesso a eletrodomésticos e automóveis baratos, a carne e a bolacha recheada aumentavam de

preço. O carro pode ser barato mas um dia precisa ser pago. E as férias em Cancún duram uma semana, mas o ano tem mais 51 semanas.

Pior, os que não têm emprego público estão vendo suas empresas apertar os cintos, reduzindo as horas extras e os postos de trabalho.

O máximo que posso sugerir à presidente é que compre um terno preto e uma barba desgrenhada, faça regime para ver se fica com a face encovada de Lincoln e veja se consegue ser chamada de Honest Abe.

Mas não espere demais.

Dilma também é alvo de protestos de professores da UFRJ

Posted: 06 Jul 2012 04:03 PM PDT

A presidente Dilma Rousseff também foi alvo de protestos de um grupo de professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Após participar nesta sexta-feira da inauguração de uma unidade de coordenação de emergência regional, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, Dilma teve o carro cercado por manifestantes. Com faixas estendidas e palavras de ordem, os professores pediram a retomada das negociações para reajuste salarial. A greve dos docentes da universidade já dura 45 dias. Antes, na região da Triagem, zona norte da cidade, a presidente teve que interromper seu discurso por pelo menos duas vezes por causa da manifestação de um grupo de estudantes. Eles

cobravam do governo o investimento de 10% do PIB na educação. Na quinta-feira, em São Bernardo do Campo, a presidente também enfrentou protestos de estudantes e servidores de duas universidades federais em São Paulo. Nesta sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes (PMDB), em campanha para a reeleição, deu uma de Chacrinha, e puxou a claque cima do palco de moradores da região para abafar os gritos dos manifestantes. Mas o "olê, olá, Dilma, Dilma" de Paes não deu certo e a cerimônia de entrega de 460 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida teve que ser encerrada. No Leblon, os professores chegaram a interditar a pista da rua Mario Ribeiro, próximo ao hospital municipal Miguel Couto. Nas faixas, os pedidos eram para que a presidente negociasse o aumento de salário dos servidores. "Ô Dilma, preste atenção, o servidor quer negociação", cantavam os funcionários.

Dilma enfrenta manifestação de estudantes no Rio de Janeiro

Posted: 06 Jul 2012 11:16 AM PDT

Um grande tumulto atrapalhou a festa de inauguração de novas unidades habitacionais do programa "Minha Casa, Minha Vida" no Rio, com a presença da presidente Dilma Rousseff, do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e do prefeito Eduardo Paes, que nesta sexta-feira encerrou uma maratona de inaugurações antes do início do período de campanha eleitoral. A confusão começou quando um grupo de estudantes ligados à União da Juventude Socialista (UJS) e à União Nacional dos Estudantes (UNE) começou a gritar palavras de ordem justamente no início do discurso de Dilma. Os manifestantes pelêgos foram afastados pelos seguranças e alguns chegaram a ser agredidos. Os moradores da região de Triagem, na zona norte, e os beneficiários do programa habitacional se revoltaram contra os jovens e os expulsaram do local da festa. "Fora, fora", gritavam os moradores. Os alunos pediam a destinação de 10% do PIB para a educação. "Fomos agredidos. Eu levei um soco na cara. E nós estamos aqui para defender a educação", disse Leonardo Guimarães, de 19 anos, aluno de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A solenidade de entrega das chaves foi encerrada logo depois do discurso da presidente, sem que o prefeito discursasse.

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