O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) voltou a discursar no Plenário do Senado nesta segunda-feira para defender o seu mandato. Na tribuna, novamente tentou desqualificar as acusações. A atitude se repete há uma semana. Nesta quarta-feira, o parlamentar será julgado por supostamente ter usado o seu mandato para favorecer o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Reafirmando inocência e reclamando mais uma vez da qualidade das provas colhidas em escutas telefônicas, Demóstenes apelou para que os senadores votem contra a cassação de seu mandato. "Será a maior injustiça da história do parlamento brasileiro, há montagens (nos áudios) para aproveitar apenas as frases que levariam a minha incriminação", alegou.
Demóstenes disse que a representação contra ele está baseada apenas em notícias dadas pela imprensa, e deveria ter sido arquivada. "Esta é uma representação cujo teor são notícias de jornal, não especifica onde e quando eu quebrei o decoro, a verdade é óbvia e está do meu lado".
O senador é acusado de ter usado o seu mandato para atender a interesses do bicheiro Carlinhos Cachoeira e ter recebido vantagens por isso. Demóstenes tem repetido por diversas vezes que não fez lobby e não recebeu dinheiro do empresário. A defesa alega que as escutas que flagraram as relações de Demóstenes e o bicheiro são ilegais e teriam sido alteradas e editadas com a finalidade de atingir o senador.
O julgamento final de Demóstenes na quarta-feira será por meio de voto secreto no Senado. Se perder o mandato, o parlamentar também ficará inelegível até 2015.
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