O governo paulista vai tentar convencer a direção da General Motors a não encerrar a produção de automóveis na fábrica de São José dos Campos (SP) e com isso cortar em torno de 1.500 postos de trabalho.
Na semana que vem, o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Carlos Ortiz, deve participar pessoalmente da rodada de negociações entre a GM e o sindicato dos metalúrgicos.
Na tarde ontem, Ortiz se reuniu com lideranças sindicalistas e declarou o apoio do governo estadual à categoria.
"É uma situação que preocupa [os supostos cortes]. Somos contra as demissões e por isso queremos conversar com a GM para que não só sejam mantidas as 1.500 vagas como se ampliem os investimentos na fábrica", disse Ortiz.
Na sexta-feira, o Palácio do Planalto ameaçou suspender a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis caso a GM promova as demissões.
Na avaliação de Ortiz, não há justificativa para que a montadora corte os postos de trabalho da fábrica de São José dos Campos. "A empresa foi beneficiada por vários tipos de incentivo, não apresentou prejuízo e por isso entendemos que não há porque demitir".
A GM estaria programando o fechamento do setor de MVA (Montagem de Veículos Automotores) da unidade, que inclui marcas como a Meriva, Zafira, Classic e Corsa.
Segundo o sindicato, Meriva e Zafira serão tirados de linha, enquanto os outros devem ser transferidos para outras unidades. Ao todo, a fábrica de São José dos Campos tem 7.500 funcionários.
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