quinta-feira, 26 de julho de 2012

JULGAMENTO DO MENSALÃO E A PARTICIPAÇÃO DE LULA E DIRCEU


Ana Prudente
Será que o STF irá chamar Ricardo Kotscho para depor, este que foi assessor de imprensa do planalto e testemunhou as negociações do mensalão, conforme conta em seu livro biográfico lançado em 2006?

SEI QUE TESTEMUNHAS NÃO SERÃO MAIS OUVIDAS. MAS PELO MENOS ESTE TESTEMUNHO CONSTARÁ DOS AUTOS?

Texto na íntegra e copiado do livro lançado por Kotscho para evitar desvios em seu entendimento

DO GOLPE AO PLANALTO
(início página 222 – passa à 223 / capítulo “RUMO À VITÓRIA)
Descrição de episódio em maio de 2002
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Desde o início, Lula viajou em jatinhos fretados e, em vez de encontrar apenas a militância e os setores do movimento social que já o apoiavam, mantinha constantes reuniões com entidades e setores do empresariado antes refratários ao PT. Por isso, ele se empenhava tanto em consolidar a aliança com o PL, o que só foi conseguido no último momento do último dia do prazo para a inscrição de chapas. Numa tensa reunião no apartamento funcional do deputado Paulo Rocha (PT-PA), da qual participaram , além de Lula e Alencar, os presidentes do PT, José Dirceu, e do PL, Valdemar Costa Neto, bem como vários diligentes dos dois partidos, houve um momento em que parecia ter fracassado a tão sonhada aliança capital-trabalho. Dirceu chegou a dar as conversações por encerradas. Lula pediu uma ligação para o petista Patrus Ananias, mineiro como Alencar, que seria o vice do plano B – chapa “puro-sangue” que o candidato e a coordenação da campanha queriam evitar.

Dezenas de jornalistas aguardavam uma definição na portaria do edifício de Rocha. Por pouco não desci para dizer-lhes que não haveria mais a chapa PT-PL. Quando já ia pegar o elevador, fui chamado de volta. As negociações haviam recomeçado, agora no quarto do anfitrião. Embora sempre procurasse me manter à distância nessas horas, esperando por uma decisão para comunicá-la à imprensa, estava claro para todos que o impasse se dava na questão da ajuda financeira que o PL tinha pedido ao PT para fazer sua campanha. Somente três anos depois, quando estourou o “escândalo do mensalão”, eu ficaria sabendo que o valor solicitado era de 10 milhões de reais. No início da noite, os dirigentes dos dois partidos anunciaram que a aliança estava selada, como queriam Lula e Alencar.
(......)

Meus comentários:
Quando pedi o impeachment de Lula baseada nas declarações de Ricardo Kotcho, o mesmo tentou desviar dizendo que juntou ficção com realidade. Como o livro é biográfico, ameacei entrar na justiça para que ele indenizasse a cada brasileiro que havia comprado seu livro, acreditando que ele fosse um homem sério e estivesse contando a sua história durante os 3 anos que trabalhou no Planalto. Depois disso, ele se calou e sumiu.

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