domingo, 1 de julho de 2012

Oposição síria pede que EUA superem temores e armem rebeldes

A oposição da Síria diz que os Estados Unidos precisam superar seu medo de islamitas entre os rebeldes para derrubar o presidente Bashar al-Assad. Para isso, é preciso começar a armar o movimento de resistência para mostrar que o país quer a saída da elite política síria.
Os islamitas estão entre os mais intensos combatentes contra a liderança síria, disseram representantes da oposição, e Washington precisa saber que, embora esses rebeldes sejam muçulmanos conservadores, estão longe de serem como os militantes presentes no Afeganistão.
A frustração está crescendo sobre a relutância dos EUA em ceder armas aos rebeldes, que têm usado pequenos armamentos durante os 16 meses de revolta contra Assad e o aparelho governamental dominado por membros da minoria alauíta.
'“Temos beijado a mão dos EUA e do resto do mundo por 16 meses para que intervenham. Agora, após Assad não ter poupado ninguém na Síria, os Estados Unidos estão surpresos de que a Al Qaeda pode estar operando no país', afirmou o oposicionista Fawaz al-Tello em Istambul.
Líderes da oposição e comandantes do Exército Livre da Síria disseram que os rebeldes precisam de armas como mísseis portáteis para destruir os tanques e derrubar helicópteros que Assad está usando contra a revolta. Washington poderia abastecer setores do movimento rebelde que são mais próximos de seus ideais.
'“Os EUA têm serviços de inteligência no solo e, gerenciando-os, podem canalizar armas para as pessoas certas. Primeiro, eles precisam dar um claro sinal de que realmente querem o fim do estado autoritário dominado pelos alauítas na Síria, e não apenas a saída de Bashar', afirmou Tello.
As potências mundiais chegaram neste sábado a um acordo de que um governo sírio de transição deve ser estabelecido para encerrar o conflito que já matou mais de 10 mil pessoas, mas permaneceram em desacordo sobre qual seria o papel de Assad.
'Até agora, os EUA forneceram quase nulas quantidades de armas “não letais', como rádios comunicadores, pela fronteira do Líbano, diz a oposição. Autoridades deixaram claro que Washington se opõe a armar os rebeldes, porque eles ainda não possuem um comando unificado e devido a preocupações de que armas poderosas possam cair nas mãos de islamitas. 

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