domingo, 6 de novembro de 2011

DE MORTUIS NIL NISI BONUM

(Não falemos dos mortos, não seja para citar seus méritos.)

Ralph J. Hofmann

Recentemente, após escrever “Testes em Material da Laringe do Lula” artigo de humor negro, recebi um e-mail de uma leitora que me informava achar que tinha sido um artigo de mau gosto.
Respondi que se Lula fosse ao SUS eu não teria por que reclamar. Agora retifico o que disse. Este é um grande país. Naturalmente o ex-presidente tem direito a um tratamento especial. Eu sou democrático, mas de alguma maneira ele ainda representa algo do aparato do estado.
Há o desrespeito que nutro pelo homem, típico vendedor de óleo de cobra para combater desde a psoríase até a cirrose do fígado passando pela arritmia cardíaca.
Mas há o respeito pela presidência da república. Tenho este respeito.
Mas “nunca neste paiz” se abusou tanto do fato de exercer o poder.
E mais. Tratou de deixar esquentando a cadeira uma sucessora que segue fomentando tudo de mau que Lula implantou.
O homem está vivo ainda. É bem provável que, atendido pela medicina privada vá viver ainda muitos anos. Se o câncer ou o a cirrose não o carregarem antes poderá novamente ser o presidente em 2014. Como presidente não tem nada a contribuir, assim como Dilma nada tem a contribuir.
Ao contrário, nos anos de 2004 e 2005 vimos o cavalo das correções que levassem ao maior desenvolvimento passar encilhado e não montamos nele.
Isto porque o governo não sabia planejar e fazer algumas pequenas correções para além do que recebeu funcionando do governo FHC.
Agora nos vemos escorregando para nova inflação com um Mantega rançoso assobiando no escuro sem saber o que fazer, e sem poder fazê-lo, já que a chusma de pedinchões que assola o erário impossibilita um governo austero dirigido ao desenvolvimento.
Não esperava de Lula um entendimento de história e de economia. Esperava, contudo certa humildade ante o que conseguira fazer, o que conseguira galgar.
O que vimos e continuamos vendo é pura bazófia. Garganteia (Gargantear será falar da corda na casa do enforcado em se tratando de um homem com câncer da laringe?) méritos que não possui. Foi um garoto propaganda de si até que cansou até a D. Marisa que não raro sai de suas conferências antes do fim e vai às compras.
Bem, o homem não esta no caixão. Bom para ele. Mas eu tenho de ser autêntico. Anos atrás eu estava num velório. Na capela ao lado velavam uma pessoa que havia me causado alguns problemas sérios em vida. Os dois velórios incluíam pessoas do mesmo meio. Me perguntaram se eu não ia prestar meus respeitos ao defunto da capela ao lado. Respondi: “Só se for para ver se é ele mesmo no caixão. Afinal, eu dizia o que pensava dele em vida. Não vou canonizá-lo agora.”

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