domingo, 6 de novembro de 2011

DIÁLOGO NO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS

Ralph J. Hofmann

“Olá Lula, vim ver como estão lhe tratando. Como é, até que não está com cara de deprimido.”
“Pois é Dilma, mas como eu poderia ficar deprimido. Estar aqui prova o que eu sempre disse. No Brasil atingimos a perfeição em saúde pública. Só estou preocupado com duas coisas.”
“Quais são Lula?”
“O pessoal não quer me deixar tomar minha ‘51’durante o tratamento e como é que eu vou fazer daqui a 24 horas quando eu tiver passado quatro dias sem comer ninguém. Aqui é que em estar num aquário. Um pouco de privacidade seria importante.”
“Lula, é muito simples, se conseguires cantar alguém pede que este monte de guarda-costas pago pela união cerque tua cama de costas para ti. Aí é só mandar ver.”
“Boa idéia, e se não conseguir ninguém vai um guarda costas mesmo. Afinal, já estão de costas. ”
“Viu, tudo tem solução.”
“Mas tem uma coisa me preocupando Dilma.”
“Tem gente aqui no hospital que jura que isto não é o padrão do SUS.”
“Lula, você sabe que o SUS não é assim.”
“É, mas tem de despedir quem não finge que é assim. Senão podemos ter problemas. Quem não quiser se enquadrar na versão oficial tem de ser eliminado. Tão pensando o que? Que isto; e casa da mãe Joana?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário